Em “Noite Infeliz”, o Papai Noel anda meio estressado

Em um bar londrino, Papai Noel (o próprio) desabafa sobre seu trabalho, decepcionado com as crianças, que deixaram de acreditar na “magia do Natal”. Na sequência, a bordo de seu trenó, começa a entrega dos mimos para aqueles que se comportaram bem durante o ano.

Já no interior dos EUA, entra pela chaminé de uma mansão e não resiste a uma bela garrafa de bourbon, quando percebe que algo está errado: uma quadrilha de mercenários invadiu o local à procura de uma fortuna escondida pela matriarca da família. A partir daí, comovido pela neta da ricaça, que ainda acredita no bom velhinho, tem que usar suas habilidades de guerreiro viking adquiridas antes de se tornar Santa Claus.

Este é mote inicial desta comédia de humor negro divertida e sanguinolenta.

O estereótipo do velhinho gentil e bonachão é destruído neste filme, com um roteiro eficaz, que não decepciona os fãs de filmes de Natal, afinal todos os clichês estão presentes, e agrada também os apaixonados pelas obras de aventura, com lutas bem coreografadas e o uso de armas improváveis.

Noel é interpretado por David Harbour, de Stranger Things, que, com 1,90m de altura e visual nórdico, se encaixou perfeitamente nesta versão estressada do maior símbolo natalino. 

Sem deixar de lado a homenagem a outros clássicos natalinos, como Esqueceram de Mim e Sr. Scrooge, o filme deixa sua marca no mercado natalino de forma diferente, com uma sutil crítica ao consumismo infantil.

Alerta para os pais mais exigentes: há cenas pesadas de violência, com muito sangue respingando na tela, portanto, é necessário cautela para crianças.