Imagine-se na seguinte situação: você acorda, envolto em uma espécie de casulo, cheio de fios e cabos conectados a seu corpo, para monitoramento de seus sinais vitais; ao se livrar do casulo, percebe que está em uma câmara hermeticamente fechada, com o nível de oxigênio a pouco mais de 30% e baixando.
É neste cenário que se encontra a única personagem desta desconhecida produção francesa, agoniante. Para acrescentar mais mistério à trama, ela não sabe quem é, onde está e por quais razões.
A única voz que a acompanha nesse delírio é a de MILO, a inteligência artificial que comanda a cabine criogênica.
Utilizando se sua inteligência e de lapsos de memória que aparecem ao ser submetida a situações dolorosas, a incrédula vítima precisa se livrar deste lugar antes que o nível de oxigênio acabe.
Resumida neste único cenário, a atenção do espectador é fixada pela soberba atuação de Mélanie Laurent (a Shosanna de Bastardos Inglórios). Quando a câmera concentra a imagem em seu rosto, podemos sentir todo seu desespero, apenas com o rápido movimento de seus olhos e mordidelas nos lábios.
Lançado logo após a pandemia da covid-19, muito além da óbvia luta pela vida, o roteiro traz reflexões sobre ética médica, planejamento familiar e a posição de cada um em seu mundo.
Imperdível!
Mín. 18° Máx. 30°
Mín. 20° Máx. 31°
ChuvaMín. 19° Máx. 28°
Chuva