A incessante busca pelo corpo perfeito é duramente criticada nesta produção lançada no começo do ano, que retornou aos cinemas na semana passada.
A atriz e apresentadora fitness Elisabeth Sparkle, interpretada por Demi Moore, é demitida de seu programa de TV logo após completar 50 anos de idade, pois a emissora busca uma nova estrela jovem para substituí-la. Desiludida, decide tomar a droga que dá título ao filme e promete um “você novo, mais jovem, mais bonito, mais perfeito”.
Demi Moore, na interpretação da sua vida, se entrega ao papel sem nenhum pudor e mostra suas rugas e as imperfeições de seu corpo em close-ups pouco vistos no cinema. Aliás, a diretora Coralie Fargeat usa e abusa desse artifício de filmagem para chocar o espectador muito sutilmente.
Destaque também para Margaret Qualley (de Era Uma Vez em… Hollywood), como a versão jovem de Elisabeth, que se entrega de corpo e alma no papel, com nuances que vão de símbolo sexual ao desespero em segundos.
O dono da emissora de TV, interpretado pelo astro dos anos 90 Dennis Quaid, representa o machismo estrutural da sociedade, que vê as mulheres como mero objeto de desejo, audiência e gatilho para o aumento de faturamento.
As cenas de transformação causadas pela droga experimental são bizarras e grotescas. Há relatos de pessoas que abandonaram a sala de cinema após estas cenas. Podem não agradar a todos, mas são essenciais no conjunto da obra.
Um dos grandes filmes deste ano!
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