No alto de seus 94 anos de idade, Clint Eastwood nos brinda com este incrível drama de tribunal sobre o embate entre a verdade e a justiça.
A trama acompanha Justin, um escritor selecionado para participar do corpo de jurados no caso de um jovem que é acusado de assassinar sua namorada, após uma habitual e calorosa discussão em um bar de beira de estrada. Todas as pistas apontam para ele como o único culpado, afinal há testemunhas da briga e existe uma motivação.
À medida que o julgamento se desenrola, Justin se dá conta que está intimamente ligado aos fatos, embora não tenha se apercebido disso antes. A partir de então, surge seu dilema moral: contar a verdade, mesmo que isso o prejudique pessoalmente ou concordar com os demais jurados e condenar um inocente pelo crime que não cometeu?
É aí também que aparece o brilhantismo de Eastwood na direção dos atores, conseguindo tirar o melhor de cada um deles em cena, protagonistas e coadjuvantes, e na transposição do roteiro para a frente das câmeras, que foca tanto nas consequências que a decisão de Justin pode gerar para si, quanto no embate dos jurados que, desde o início do julgamento estão convictos da condenação do namorado supostamente homicida, afinal, enquanto não se obtiver a unanimidade entre os jurados, o veredito não pode ser concretizado.
O senso comum de justiça buscado em um julgamento criminal é a verdade. A verdade que é contada pelos advogados e promotores, baseada nas provas previamente colhidas, ou a real verdade dos fatos, que somente vítima e acusado são capazes de avalizar?
Se esta for a última contribuição de Clint Eastwood para a Sétima Arte, sua despedida do cenário foi em grande estilo.
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