O fim do mundo é um tema constante no cinema.
O Mundo Depois de Nós apresenta um apocalipse diferenciado, sem invocar para o aspecto religioso, catástrofes naturais, doenças incuráveis ou guerras nucleares.
O roteiro, adaptado do livro homônimo de Rumaan Alam, lançado durante a pandemia de 2020, conta a estória de uma família que aluga uma luxuosa cada de praia para o final de semana, mas logo depois que chegam à mansão, fatos estranhos começam a acontecer: falta de energia elétrica e de acesso ao wi-fi, cervos e flamingos se reúnem aos bandos ao redor da residência, navios e carros desgovernados, quando, naquela noite, dois estranhos batem à porta dizendo ser os donos do lugar e pedindo pousada, já que não conseguiram deixar a cidade, diante do caos instaurado.
Logo, o diretor Sam Esmail apresenta várias faces de um apocalipse iminente e inimaginável.
Primeiro, o apocalipse cibernético. É possível viver em uma humanidade sem energia elétrica, internet e sem notícias do que está acontecendo ao redor do mundo? Afinal, ficamos dependentes da tecnologia?
Depois, o apocalipse moral. Confiar em dois estranhos que se apresentam como donos da casa é uma alternativa viável? E se os visitantes não fossem negros, o tratamento seria diferente? Por outro lado, procurar ajuda com um vizinho mal encarado ou invadir as mansões da vizinhança em busca de suprimentos seria a escolha correta?
Talvez, as duas horas e meia do filme sejam insuficientes para fechar todos os arcos iniciados na narrativa. Não é um filme que traz respostas. Pelo contrário, ao final da exibição, teremos consciência de que vários sinais nos são apresentados e, na maioria das vezes, ignorados.
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