Isolado, por opção, nas gélidas montanhas americanas, após ficar viúvo, e lidando com o recente desaparecimento de sua filha, o inspetor Augustus Landor é convidado pelo comandante da academia militar localizada nas redondezas para investigar o enforcamento de um estudante e a misteriosa retirada de seu coração. Para auxiliá-lo na empreitada, conta com a ajuda do cadete e aspirante a poeta Edgar Allan Poe.
Sem exames de DNA, impressões digitais ou imagens de câmeras de segurança, já que estamos em 1830, o detetive e seu pupilo usam apenas sua perspicácia, o poder de observação aos detalhes da cena do crime e a inquirição dos colegas militares do falecido.
Há um certo desconforto no lugar, já que a presença de um civil desleixado e beberrão no rigoroso ambiente militar causa inquietude na alta patente do quartel, que deseja vê-lo longe o mais rápido possível.
O roteiro monta uma atmosfera de suspense com base em diálogos fortes, fotografia e cenários escuros e uma bem executada trilha sonora clássica. Lembra muito as aventuras de Sherlock Holmes e duvido que alguém não vá ficar de queixo caído quando o mistério for desvendado.
Os amantes da literatura, com certeza, se lembrarão do nome do cadete que auxilia o inspetor, afinal Edgar Allan Poe foi um grande escritor e poeta. É o autor dos contos O Corvo e A Queda da Casa de Usher, ambos já adaptados para as telas.
É óbvio que a estória deste filme é fictícia, mas a interessante ideia de colocar um futuro escritor de suspense intimamente envolvido na solução de um crime foi de Louis Bayard, autor do livro homônimo no qual o roteiro foi adaptado.
Valeu a pena garimpar algo novo no catálogo da Netflix, sem obedecer o previsível algoritmo que sempre indica a mesma coisa.
Veja o trailer oficial:
Mín. 18° Máx. 27°
Mín. 18° Máx. 27°
Chuvas esparsasMín. 17° Máx. 28°
Chuvas esparsas