As obras para adaptação do prédio da Sociedade Recreativa X de Março devem começar em até um ano. O prazo, confirmado pelo O FATO, foi citado pelo prefeito Mário Marcelo (PSD) a vereadores durante reunião realizada esta manhã, antes da votação do projeto de lei de abertura de crédito realizada esta noite, que pavimenta a compra do prédio.

Ainda na reunião, que contou com a presença do próprio prefeito, do vice, Maurinho (Republicanos); da secretária de Gestão Pública e Planejamento, Taís Hellu; da primeira-dama, Isabela Aredes, e dos vereadores José Rubens (PL), Adriano Chimelo (PL), Luizinho da Lenha (PRD), Everaldo Seralheiro (PSDB-Cidadania), Luan da Farmácia (PSD) e Marli Amaral (PSDB-Cidadania) foram esclarecidos pontos que alguns vereadores consideravam não respondidos.

A abertura de crédito no valor de R$636.969 para a compra do prédio foi aprovada por unanimidade na sessão de ontem, a 3ª extraordinária do ano. Diferentemente da sessão anterior, realizada no último dia 14, a reunião das comissões durou 15 minutos, com parecer favorável conjunto da Comissão de Justiça e Redação e da Comissão de Finanças e Orçamento, formadas por José Rubens, Luizinho da Lenha, Everaldo Serralheiro e Valéria Lopes (MDB).

A reunião da sessão anterior durou cerca de duas horas e meia a resultou na retirada do projeto pela Prefeitura após os vereadores pedirem mais informações sobre o valor total do prédio e a dívida com a Prefeitura, além do questionamento sobre a retirada de recursos de uma área específica, sendo que a Prefeitura havia apresentado superávit (sobra de recursos) do exercício anterior.

Segundo José Rubens, a reunião realizada pela manhã foi importante para esclarecer alguns pontos, como a própria previsão para início da obra, se seria aberto à população, a clareza de quais serviços seriam ofertados no espaço e a previsão de gastos no prédio. “Dos oito itens que solicitamos na sessão anterior, quatro estavam respondidos”, disse o vereador. O vereador ressaltou que está disposto a trabalhar com a Prefeitura, desde que seja para o bem do povo. “Não vai existir oposição a projetos bons. A gente quer trabalhar para população, mas com projetos transparentes. Tem que ter clareza.”

Sem valores e estudo para abertura ao público

Sobre a projeção de gastos, a Prefeitura informou aos vereadores que não é possível fazê-la porque é necessário fazer uma análise da estrutura e elaborar um projeto. Já em relação à abertura para o público, segundo o vereador, isso poderá ocorrer em um segundo momento pois será preciso fazer uma análise sobre a viabilidade, como seria feito e quais os critérios seriam utilizados para a entrada, visto que a estrutura não suportaria a entrada livre de pessoas.   

A Prefeitura espera transferir o Departamento de esporte para o local, além de implementar o Centro de Convivência do Idoso, um Centro Aquático, além de possibilitar a ampliação de modalidades esportivas e culturais já existentes.

Luan da Farmácia comemorou a votação, considerando um momento histórico devido ao impacto que a compra do prédio vai proporcionar à população. “Hoje, saio da sessão extremamente feliz, pois sei que o maior beneficiado com a aquisição da Recreativa X de Março é a população. Este é um momento histórico, em que a voz da comunidade foi ouvida e respeitada. Sigo firme no compromisso de trabalhar para melhorias no nosso município”, disse o vereador.

Irmãos Patrocínio

A autorização de liberação de crédito põe fim ao imbróglio envolvendo o prédio, que recebeu proposta de compra da rede de supermercados Irmãos Patrocínio, que tinha interesse de instalar uma unidade da rede no local. Como a Sociedade Recreativa tinha mais de R$ 1 milhão de dívidas com a Prefeitura, foi dada a ela preferência de compra. Após a repercussão, a divisão da população e o adiamento da votação na Câmara, a empresa resolveu retirar a proposta de compra um dia após a sessão em que o Prefeito tirou o projeto de votação.

Na história da cidade

Fundada em 1969, a Sociedade Recreativa X de Março marcou gerações até 2017, seja utilizando as instalações de clube - nas piscinas, bar e sauna -, seja pelos bailes, formaturas, casamentos e outros eventos realizados em seu salão. Atualmente, o CNPJ do clube está registrado na Receita Federal como inapto por omissão de declarações e a pessoa apontada como presidente não responde mais pelo cargo.