Os três shows que foram anunciados pela Prefeitura para o aniversário de Patrocínio Paulista e na comemoração ao Dia do Trabalhador totalizam contratos no valor de R$ 904 mil, segundo dados publicados no Diário Oficial do dia 31 de janeiro. Este valor representa 44,54% do total orçado para a Cultura para este ano, segundo a Lei Orçamentária Anual (LOA), que determina as despesas do município. Os eventos, aponta a Prefeitura, é uma forma de oferecer eventos culturais gratuitos para a população, que muitas vezes não teria oportunidade de assistir eventos como estes.
O show com valor mais alto é de Israel e Rodolffo, que será no dia 2 de maio, seguido por Diego e Victor Hugo, com o cachê de R$ 300 mil, que será no dia 8 de março, e Humberto e Ronaldo, no dia 7, que custará R$ 203 mil. O valor da apresentação de Israel e Rodolffo é o mesmo que cobraram César Menotti & Fabiano, que fizeram show no Centro de Lazer Marumbé, onde serão realizados os demais.
Segundo a secretária de Gestão Pública e planejamento, Taís Hellu, a Prefeitura tem condições de oferecer as apresentações gratuitas devido à situação financeira em que se encontra. “A receita anual e a manutenção de todos os serviços implantados, associado ao superávit (diferença entre receita e despesas), permite que o município promova eventos culturais e de lazer para toda população de modo gratuito, favorecendo principalmente aqueles que não possuem condições financeiras de promover momentos de lazer para suas famílias devido ao custo excessivo dos ingressos”, pontua.
A realização de shows gratuitos para a população já virou tradição na cidade, geralmente lotando o espaço do Marumbé. Uma pesquisa pela internet apontou que ingressos para o show de Israel e Rodolffo custa, em média, entre R$ 50 e R$ 200, dependendo do local e do pacote oferecido, o que reforça a posição da secretária de que, para muitos moradores, assistir uma apresentação dessas seria inviável. “Entendemos a importância de manter esses eventos, que já estão inseridos na cultura sertaneja da nossa região e gostaríamos de ampliar horizontes, com eventos menores de diferentes seguimentos, o que dependerá das possibilidades econômicas do município”, pontua Taís.
Ela ressalta ainda que a atual gestão deve manter a tradição, incluindo apresentações para crianças. “A ideia da nova gestão é manter os eventos já existentes e realizar novos, sempre de acordo com as possibilidades financeiras de cada exercício, inclusive, promovendo eventos voltados ao público infantil.”
Embora não se tenha um estudo real de retorno de recursos para o município, o movimento provocado na cidade gera ganhos financeiros que beneficiam tanto os comerciantes locais quanto a própria Prefeitura, que consegue arrecadar mais. “Não temos nenhuma dúvida que qualquer evento cultural no município fomenta a economia local, porém, não temos valores exatos desse retorno financeiro. Somos um município pequeno, sem qualquer possibilidade de, nesse momento, contratarmos esse tipo de estudo ou realizarmos com nossos servidores”, diz Taís, que pontua o relato de comerciantes. “A única coisa que temos são relatos dos comerciantes locais dizendo do aumento significativo de suas vendas em dias que antecedem as festas locais, bem como, constatação de lotação máxima do Hotel Avaí, mormente durante os preparativos e realização da Festa do Peão.”
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