A democracia norte-americana é mundialmente conhecida pela liberdade de expressão de seu povo, ainda que isso implique em propagar o racismo, o nazismo o antissemitismo, tudo lastreado em fundo constitucional.
O filme nos leva de volta a 1983, em cidades dos estados de Idaho e Washington, no noroeste americano, onde um agente do FBI é destacado para investigar assaltos a bancos e carros fortes, além da produção e distribuição de dólares falsos naqueles locais.
Sem muito esforço investigativo e contando com a ajuda de um policial local, descobre que a onda criminosa está relacionada a uma organização supremacista branca, chefiada por um reverendo cristão, ou melhor, por uma dissidência desta organização autointitulada de “A Ordem”, na qual se destaca um jovem violento que pretende a tomada do governo federal. Inclusive, o fato desta organização ter suas origens em cultos religiosos, como bem demonstrado pelo enredo, é muito peculiar, misturando religião e doutrinação supremacista com naturalidade.
Por mais absurdo que possa parecer aos olhos brasileiros, essas células supremacistas doutrinam seus membros desde a infância. É chocante ver um pai lendo um livro que propaga a supremacia branca ao filho antes de dormir. Publicam livros, divulgam panfletos, mantêm gigantescas suásticas em suas sedes e, até que seus atos progridam para ações puníveis como crimes, tudo é normal e legal juridicamente falando.
A dicotomia liberdade de expressão x organizações extremistas é algo que, sinceramente, não consigo entender, já que todas as ações tendentes a machucar, criticar e até odiar imigrantes são protegidas pela Santa Primeira Emenda da Constituição Americana.
Voltando ao filme, o agente do FBI é interpretado por Jude Law, em uma atuação de destaque equiparável a seu papel em O Talentoso Ripley.
Para o líder da Ordem, quem empresta seu semblante é o onipresente Nicholas Hoult, de Jurado N. 2, em seu terceiro papel de destaque no ano.
Depois de terminar o filme, apesar de ser ambientado há mais de quarenta anos, fiquei com a impressão de ter acabado de ver o noticiário da CNN, tamanha a atualidade com que a história se apresenta até os dias de hoje.
Veja o trailer:
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