“Aqui”: mais uma parceria de sucesso entre Tom Hanks e o diretor Robert Zemeckis

A parceria entre o astro Tom Hanks e o diretor Robert Zemeckis chega ao quinto capítulo neste filme inovador baseado em uma história de quadrinhos.

Faço questão de destacar a palavra inovador pelo fato da filmagem ter sido realizada sob um único ângulo. A câmera imóvel mostra uma única perspectiva, acompanha o mesmo lugar, desde a pré-história até os dias pós-pandemia da covid-19.

O roteiro começa na era dos dinossauros, passa pela extinção destes, pela era glacial e outros momentos marcantes da história da humanidade, com destaque para um casal que se muda para o lugar logo após a Segunda Guerra Mundial, que viriam a ser os pais dos futuros protagonistas.

Naquela época, o local era uma casa construída na virada dos séculos XIX e XX e a câmera foca na confortável sala de estar da residência, com uma grande janela ao fundo, onde passeiam os veículos característicos do período e, ao lado dos móveis de época, ajudam o espectador a se situar no momento histórico em que a história se passa.

Apesar desta forma de filmagem sugerir uma possível monotonia, a direção e a montagem, que mostra “quadros” pinçados na tela quando há a troca dos pontos históricos, se encarregam de permear vários personagens, indo e vindo, em diferentes momentos, que fazem manter a atenção com as diversas histórias paralelas que são mostradas.

Ao lado de Tom Hanks, sua companheira de tela em Forrest Gump, Robin Wright forma o casal com o maior tempo de tela e no qual o enredo foca sua atenção.

Ambos fazem os papéis principais desde a adolescência na década de 1950 até os dias de hoje. Para isso, ao invés de se utilizar de truques de maquiagem, eles foram rejuvenescidos utilizando-se de inteligência artificial. O resultado foi tão incrível e imperceptível que gerou algumas críticas sobre os limites do uso da IA. Realmente, beira o absurdo o que é possível realizar com esta nova tecnologia. O Tom Hanks jovem parece ter saído diretamente dos sets de filmagem de Splash ou Quero ser Grande para participar deste filme, quarenta anos depois!

Memórias familiares, com alguns momentos felizes e outros, nem tanto, compõem a narrativa da obra e trazem uma emocionante reflexão sobre a busca da felicidade pessoal.

Estreou na semana passada no Prime Vídeo.

Confira o trailer: