Com duas vitórias sobre o Bandeirantes de Brodowski - 3x 1 no Sub-15 e 3 x 0 no sub-17 -, o Esporte Clube Meia Noite reinaugurou seu estádio, o Galileu de Andrade Lopes, com a expectativa de voar alto. Os jogos foram a segunda disputa das duas categorias na primeira fase do grupo 3 do Campeonato Paulista e elas seguem invictas, após vitórias de 4 a 2 no Sub-15 e 2 a 0 no sub-17, sobre o Comercial, jogos realizados no dia 12 em Ribeirão Preto. Este, no entanto, é apenas o ponta pé inicial do projeto mais ousado da história do time, que comemorou seus 66 anos neste domingo.
Em um ano o Meia Noite se tornou uma Sociedade Anônima de Futebol (SAF), um clube formador, reformou o estádio e está federado tanto na Federação Paulista quanto na Confederação Brasileira de Futebol (CBF) como um time profissional, com a expectativa de chegar até mesmo à Série A do Campeonato Paulista e em uma das divisões do Campeonato Brasileiro. Com as mudanças, Patrocínio Paulista é a única cidade de seu porte a contar com um time profissionalizado disputando o campeonato.
Edson Faleiros, patrocinense dono da Faleiros Construtora, um dos sócios do time, diz que o sucesso que tiveram com um trabalho voluntário revelando talentos foi o despertar para a ideia de profissionalizar o time patrocinense. “A gente começou a fazer um trabalho aqui em 2007 a 2009, mais de ajuda, um trabalho social, de pegar uns moleques daqui que despontasse e levar para fora, para algum time, dar alguma oportunidade e aí acabou saindo daqui Vitor Bueno, João Vitor, alguns jogadores que tiveram sucesso.”
No aniversário do time no ano passado veio a ideia concreta de se investir no Meia Noite. “Há um ano, a gente estava aqui no Meia Noite, comemorando os 65 anos dele e falamos: ‘vamos transformar isso num clube profissional, formador de atleta’. Em um ano nós conseguimos montar uma SAF e estamos aqui agora disputando o Campeonato Paulista, reformamos o estádio, mas não vamos parar por aí não.”
Confira a galeria de fotos do aniversário de 66 anos do Esporte Clube Meia Noite
Em dois anos, o time espera estar na segunda divisão do Campeonato Paulista e chegar ao A1. “A ideia é a de disputar a Bezinha daqui 2 anos, aumentar o estádio e disputar a A1”, diz Edson. Ele explica que o projeto está estruturado em fases. “Ele tem três fases distintas. A primeira foi essa agora, de disputar o campeonato paulista Sub-11, 12, 13,14, 15 e 17. E aí, a próxima etapa, em 2027, é a gente transformar ele em profissional pela Bezinha. Aí nós precisamos ter 4 mil arquibancadas, a gente precisa construir mais 2,5 mil. Daí para frente é só com conquista, mas a terceira etapa do projeto é ter um estádio com 8 mil lugares, que é para disputar a série A do Campeonato Paulista e aí, até alguma coisa, B ou C do (Campeonato) Brasileiro. É onde a gente quer chegar.”
Edson sabe que o sonho é alto, mas possível de se alcançar. “Isso é projeto a longo prazo, os investimentos são grandes, mas graças a Deus em um ano a gente fez um sucesso. A gente conseguiu estar aqui e Patrocínio está crescendo.” O caminho para isso, já está sendo traçado. “Nós já somos federados na Federação Paulista e também na CBF como clube profissional. Então a gente já pode fazer contratos profissionais com os meninos de 16, 17 anos. A gente já pode fazer contratos com eles.”
Para o presidente do clube, José Cláudio de Figueiredo, é emocionante ver o que está acontecendo com o Meia Noite. “É emocionante. É mais do que um sonho, porque a gente não imaginava uma estrutura tão grande. Não só a estrutura física como a estrutura humana, desde os coordenadores, dos idealizadores desse projeto. A gente só tem gratidão. Uma equipe de atleta muito boa também, equipe da logística muito boa. É muita emoção. A gente realmente tá numa realidade que a gente não imaginava nunca.”
Ele fez questão de agradecer aos meianoitinos, principalmente os que deixaram o legado do clube para a cidade. “Quero agradecer a todos os patrocinenses, os que fizeram história e deixou esse clube pra nós, porque não tem dinheiro que paga um clube como esse que a gente herdou dos meianoitinhos.”
Junto com o crescimento do time, tem também a questão social, que é a de poder fazer um trabalho junto a crianças e adolescentes. Edson diz é um orgulho ser patrocinense e poder oferecer isso para a cidade. “É um orgulho de ser patrocinense e estar podendo proporcionar isso. Hoje nós temos 40 jovens alojados aqui, do Brasil inteiro. A gente está fazendo um trabalho junto com o próprio juiz, com o conselho tutelar, que é cuidar desses meninos, com a escola, toda a estrutura pedagógica, psicológica, médica, de saúde. Então esse é o nosso objetivo. Não só fazer o futebol, mas cuidar dessas crianças que é um trabalho que eu acho que é muito legal. Vale mais do que qualquer coisa.”
José Cláudio também segue a mesma direção, ressaltando a importância do investimento para a cidade e para toda a região. “Eu penso que para Patrocínio, pra região, para as famílias, para os jovens, para as crianças, não dá pra imaginar o tanto que isso vai ser bom. É um projeto para saúde, para educação, para tirar as crianças do mau caminho, então isso não tem dinheiro que paga.”
Veja o que já foi feito e o projeto elaborado para o Estádio Galileu de Andrade Lopes:
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