Despedida Temporária: Um Até Breve aos Leitores do "O Fato"
Hoje encerro minha primeira temporada como colaboradora do site O Fato, marcando este momento com um texto especial sobre a parceria entre escola e família — um tema que considero essencial para o desenvolvimento educacional e social.
Ao longo deste período, tive a alegria de compartilhar reflexões, ideias e experiências com os leitores deste espaço, contribuindo com um olhar comprometido e apaixonado pela Educação. Agora, porém, é hora de me dedicar a novos projetos que também exigem minha atenção e energia.
Deixo aqui meu sincero agradecimento aos idealizadores Pablo e Cesinha, pelo convite e pela confiança, assim como aos colegas que integram esse belo projeto coletivo. A todos os leitores, um “até breve” cheio de esperança: assim que possível, retornarei para novas trocas e aprendizados.
Com carinho e gratidão,
Ana Martins
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Em um país onde os desafios da educação são diversos e complexos, é imprescindível reconhecer o papel fundamental da família na formação escolar das crianças. Não basta apenas matricular o filho em uma escola e esperar que a instituição dê conta de todo o processo educativo. A responsabilidade da família vai muito além da matrícula: ela é coautora na construção do conhecimento e no desenvolvimento integral da criança.
A legislação brasileira é clara nesse sentido. O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) determinam que a família deve não apenas garantir a matrícula e a frequência escolar, mas também proteger a criança contra negligência, discriminação e violência. É um dever legal, mas, mais do que isso, é um compromisso ético e afetivo com o futuro do próprio filho.
Infelizmente, muitos pais ainda enxergam a escola como uma "terceirização" da educação, o que é um equívoco. Educação é um processo conjunto. O sucesso escolar depende, em grande parte, do envolvimento da família: acompanhar as tarefas, estabelecer uma rotina de estudos em casa, oferecer um ambiente adequado para o aprendizado e, sobretudo, valorizar o esforço e as conquistas da criança.
Além disso, a presença dos pais nas reuniões escolares, o diálogo com professores e o incentivo à participação em atividades extracurriculares são atitudes que fazem uma diferença enorme no rendimento e no bem-estar emocional dos alunos. Quando a criança percebe que sua família se importa com sua vida escolar, ela tende a se sentir mais motivada, segura e valorizada.
É fundamental, portanto, que se rompa com a ideia de que educar é uma tarefa exclusiva da escola. A escola oferece o conteúdo, o ambiente pedagógico e os profissionais especializados, mas é a família que fornece os valores, o apoio emocional e a continuidade desse processo no dia a dia.
Família e escola não devem caminhar em direções opostas. A verdadeira educação se constrói na parceria, no diálogo e no esforço compartilhado. Quando esses dois pilares atuam em sintonia, criam as condições ideais para que a criança se desenvolva plenamente — não apenas como estudante, mas como cidadão.
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