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7 em cada 10 patrocinenses se dizem católicos. 20% se declaram evangélicos

Dados são do Censo 2022 e apontam queda do catolicismo e alta de evangélicos em relação a 2010

08/06/2025 12h31
Por: Pablo dos Santos Pinto Fonte: IBGE e Agência Brasil
Foto: Paróquia Nossa Senhora do Patrocínio/ Facebook
Foto: Paróquia Nossa Senhora do Patrocínio/ Facebook

Sete em cada dez moradores de Patrocínio Paulista se dizem católicos, enquanto dois se dizem evangélicos. É o que aponta os dados de Censo 2022, divulgados pelo Instituto de Geografia e Estatísticas (IBGE) na última semana. De acordo com o levantamento, 69,6% da população respondeu que segue a Igreja Católica Apostólica Romana e 21,1% que a religião que pratica é a evangélica. Já o percentual que diz não ter religião é de 5,1% (veja quadro).

Os números apontam uma queda de católicos em relação ao Censo anterior, realizado em 2010. Naquele ano, a pesquisa apontou que havia 10.052 católicos no município, o que representava 77% dos 13 mil habitantes à época. Já em relação às igrejas evangélicas, o número era de 2.338 praticantes, o que correspondia a 17% da população. Naquele ano, 40 pessoas apontavam que seguiam outras religiões cristãs que não se enquadravam entre os evangélicos e nem entre os católicos apostólicos romanos, e 73 se diziam testemunhas de Jeová.

Perfil

O estudo traz ainda o perfil da população de acordo com a religião que pratica. Em relação ao gênero, a divisão é bem próxima tanto no caso dos católicos (50,06% homens e 49,94% de mulheres) quanto dos evangélicos (50,07% de homens e 49,93% de mulheres), mas a predominância masculina se acentua entre os que dizem não ter religião (57,27% de homens e 42,73% de mulheres).

Em relação a cor e raça, 73,59% dos que declararam brancos disseram seguir a religião católica, 17,99% se disseram evangélicos e 0,47% disseram seguir o Candomblé ou a Umbanda. Entre a população preta, 67,54% se disseram católicos, 24,63% se disseram evangélicos e 1,32% seguidores das religiões de matrizes africanas. Entre os pardos, 66,63% são católicos, 24,56% evangélicos e 1,39%, seguidores da Umbanda e do Candomblé.

O estudo traz ainda índices sobre alfabetização, bem próximos entre todas as religiões. 96,16% dos católicos são alfabetizados, enquanto esse percentual vai para 94,98% entre os evangélicos. No caso das pessoas que se dizem sem religião, o percentual de alfabetização é de 99,28%.

 

Religiões afro em alta no País

Fernando Frazão/Agência Brasil

 

O número de adeptos de religiões afro-brasileiras, como umbanda e candomblé, no Brasil, deu um salto e mais que triplicou em dez anos. A constatação é do Censo Demográfico 2022, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgado nesta sexta-feira, no Rio de Janeiro.

De acordo com as estatísticas, apesar de o país ainda ter uma maioria de católicos, que são 56,7% dos religiosos no Brasil, os adeptos da umbanda e do candomblé cresceram de 03% para 1% da população, totalizando 1.849 milhão de pessoas.

Para os especialistas, o aumento reflete ações de valorização da identidade afro-brasileira, que trouxeram visibilidade positiva para essas religiões e ajudaram a enfrentar estigmas, preconceito e o racismo religioso, que passa pela depreciação de elementos da identidade e da cultura negra.

"Nos censos anteriores, os religiosos de matriz africana se identificavam como católicos, pois, os adeptos afro têm uma relação com o catolicismo; e outro setor, normalmente, os umbandistas, se identificavam como espíritas, dois segmentos com decréscimo neste último levantamento", destacou o Babalaô Ivanir dos Santos, que é também professor doutor do Programa de História Comparada da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Ainda assim, segundo ele, há ligações estreitas de manifestações da cultura afro com o catolicismo, sugerindo que há mais adeptos de religiões, mas que hoje ainda se identificam como católicos. "Há uma dupla pertença, temos rituais da igreja [católica] que poderíamos chamar de afro, como as congadas e cavalgadas. Então o país tem um grande percentual de afro-católicos, como eu chamo, por serem ligados à espiritualidade negra", declarou.

De 2010 para 2022, entre os adeptos da umbanda e do candomblé, houve aumento proporcional em todas as faixas etárias, com crescimento de 21,9% para 25,9% na faixa mais jovem, de 10 a 24 anos, e entre a faixa intermediária, de 30 a 49 anos, de 35% para 40%. O aumento entre os jovens foi comemorado por Ivanir, como resultado de um trabalho de anos.

"Com o passar do tempo, a luta contra a intolerância, com mais visibilidade positiva para as nossas tradições, apesar de toda a perseguição, jovens têm crescido, eles não só se identificam como afro, como saem na rua paramentados. Esse é um resultado bastante positivo da realização de festivais e caminhadas contra a intolerância religiosa", frisou o professor, que é também e Interlocutor da Comissão de Combate à Intolerância Religiosa, uma organização ecumênica da sociedade civil.

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