Uma família se muda para uma nova residência e a filha adolescente percebe uma presença estranha na casa. Até aí, nenhuma novidade. Centenas de filmes já abordaram o tema de almas perdidas em determinado local.
O que soa bastante inovador e é o grande destaque do enredo é que assistimos os fatos sob a ótica do fantasma. A câmera mostra o ponto de vista da entidade, que vagueia pela casa vazia, observando as ruas pelas suas grandes janelas, antes da mudança dos novos moradores. Com a chegada dos novos residentes, a antiga moradora se muda para o armário do quarto da filha do casal, que passa por problemas emocionais depois de perder uma grande amiga, recentemente falecida.
O luto é enfrentado por ela sem o apoio da mãe, que só tem olhos para o irmão, mas com a ajuda de um carinhoso, mas relutante pai.
Tanto o casal, que claramente passa por uma crise conjugal, como os filhos, que além da garota enlutada, conta com um rapaz, esportista de sucesso na frente dos pais e abusivo nas costas, são observados à distância pela entidade, até que um acontecimento perigoso faz com que ela deixe alguns sinais de sua presença.
Ela se apresenta mais próxima de Gasparzinho do que de Invocação do Mal, mas isso não significa que seja propriamente camarada, principalmente quando precisa proteger sua companheira de quarto.
Todo o filme é mostrado sob seu prisma, mediante longos planos de seus passeios pela casa. Não vemos seu rosto, sua voz, sua forma, nada além de seu ponto de vista.
Apesar do tema sobrenatural, não se trata de um filme de terror, longe disso. Caracteriza-se mais como um drama familiar, incluído nesta família, o solitário fantasma que ronda pela casa, com um quê de suspense, que só se explicita na parte final do roteiro.
Pequenas peças, aparentemente sem importância, são deixadas durante a exibição, que são encaixadas no final da trama, surpreendente e emocionante.
Confira o trailer:
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