A mãe da adolescente de 15 anos que acusa o vereador Luizinho da Lenha (PRD) de favorecimento à prostituição apresentou na tarde desta terça-feira (24) uma denúncia na Câmara pedindo a cassação do vereador. A Câmara deve avaliar, ainda na sessão desta terça, de acordo com o que diz o Regimento Interno da Casa, se aceita a denúncia e abre o processo de investigação, assim como ocorreu com a presidente da Câmara, Dandara Ferreira.
A mulher havia tentado fazer a denúncia na segunda-feira, mas estava apenas como o boletim de ocorrência e foi aconselhada a fazer a denúncia em um texto escrito a próprio punho. Ela então protocolou a documentação hoje. Luizinho foi preso em flagrante após a Polícia Civil chegar junto com a adolescente no local onde ela e o vereador haviam combinado de se encontrar. Segundo a delegada Juliana da Silva Paiva, Luizinho ligou para a adolescente enquanto ela estava na delegacia prestando queixa contra o vereador. No dia seguinte, o vereador foi posto em liberdade durante audiência de custódia.
A mãe, que faz hemodiálise, diz que procurou a Câmara só agora devido a dificuldades para vir a Patrocínio. “Já era pra ter vindo, mas tem as condições para vir, né? Pagar veículo e eu não estava tendo essas condições, mas era para ter vindo desde o início do que aconteceu o ocorrido.” Ela diz que fez a denúncia para fazer Justiça. “Eu vim aqui para fazer a denúncia contra o vereador, que não teve consciência, sabendo a idade que minha filha tem, de menor, de ter feito o que ele fez”.
Ela diz ainda que a situação como um todo tem prejudicado a filha, que está sem estudar. “Está prejudicando muito a gente. Minha filha está sem escola, minha filha foi perseguida. Ela teve que sair da escola porque adolescentes da idade dela não entende igual a gente entende. Começaram a falar que ela fez um golpe, uma casinha para o vereador. “Santa ela não é, mas também não é o que o povo está julgando.” Ela diz que sempre ensinou a filha a seguir uma conduta correta. “Eu sempre ensinei que, por mais humilde que a gente seja, por mais necessidade que a gente passar, que ela nunca faça a coisa errada. Dinheiro que chega fácil, vai fácil”. Ela ressalta ainda que quer provar a honra da filha. “Eu estou aqui porque, se eu descer à sepultura hoje, eu vou embora com a consciência limpa, mas vou até o fim para provar a honra da minha filha. Estou aqui hoje na Câmara, porque eu acho que o lugar dele não é aqui não, com a sociedade não. Não é trabalhando nesse lugar aqui, não.”
O caso ainda está em investigação, segundo a mulher, que diz ir a cada quinze dias na delegacia para acompanhar o processo. “Está em andamento Fui lá tem uns 3 dias. O celular está apreendido ainda. Nem aqui em Franca está. Está em São Paulo e ela (a delegada) falou que é uma coisa meio que lenta. Mas está andando. Eu vou lá de 15 dias. E tô indo lá, eu tô caindo de cima, porque eu não posso deixar isso em esquecimento.”
Luizinho, por sua vez, diz que foi vítima de uma armação. “Não existe nenhuma prova contra mim, teve um BO, um flagrante preparado ilegal, onde provamos e fui imediatamente solto. Tem apenas uma investigação, não tem denúncia nem ação judicial. Se chegar a ter ação eu tenho como provar que sou inocente e vou provar”, diz o vereador. Sobre a expectativa em relação a como votarão os colegas de plenário, ele diz que não há o que analisar. “Não tem nada para eles apreciarem contra mim.”
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