Acontece Drama de Guerra

“Tempo de Guerra”: memórias de um veterano

A partir do relato de um participante da guerra do Iraque, uma pequena mostra do horror pelo qual passa um combatente

04/07/2025 11h42
Por: Rogério Peterossi
“Tempo de Guerra”: memórias de um veterano

Um batalhão de fuzileiros é destacado para identificar um local para instalar um ponto de observação na cidade de Ramadi, durante a guerra do Iraque. Os soldados invadem um sobrado em local estratégico, aprisionam os moradores e montam o posto de vigilância com sucesso.

A vizinhança desconfia de alguma coisa diferente e o grupo é descoberto e atacado, iniciando-se uma missão de evacuação que se transforma em uma verdadeira luta pela sobrevivência.

Ao contrário do que se espera na maioria dos filmes de temática bélica, a câmera não foca nas batalhas, mas no drama enfrentado pelos jovens soldados e no companheirismo entre eles durante um momento aflitivo.

Com exceção dos raros momentos em que são mostrados tiroteios e explosões, o filme é de um silêncio ensurdecedor. Ouvimos a respiração ofegante dos militares, acompanhamos seus olhares vazados nas miras dos rifles e quase somos atingidos pelas gotas de suor que escorrem nos seus rostos.

Tamanha carga de detalhes somente foi possível por que um dos co-diretores, Ray Mendoza, abriu a caixa de memórias de um veterano da batalha descrita no roteiro e, ao lado de Alex Garland, que dirigiu anteriormente Guerra Civil, propiciou esta experiência visceral.

Durante a exibição, a sensação de “já vi esse ator em algum lugar” é constante, já que o elenco é recheado de várias estrelas promissoras que apareceram recentemente em algumas produções juvenis de sucesso, tais como Stranger Things, Black Mirror, Reservation Dogs e Para todos os Garotos que Já Amei.

Outro ponto mostrado na obra é a quilométrica diferença de preparo entre os dois lados da batalha: os americanos uniformizados, cheios de apetrechos especializados, tecnologia de ponta, comunicadores por satélite, enquanto os guerrilheiros locais calçam sandálias e turbantes e preparam as estratégias de ataque no bom e velho boca a boca, entrando e saindo de um cômodo na periferia da cidade sitiada.

Depois de pouco mais de hora e meia de exibição, assistindo a dramática situação de jovens que talvez nem tenham a dimensão de seu papel na batalha, resta a pergunta: guerras são realmente necessárias?

O filme é destaque do Prime Video.

Confira o trailer oficial:

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Sobre Rogério Peterossi
Rogério Peterossi, patrocinense acolhido por Araraquara, filho de José Eimard de Andrade Freitas e Nilda Peterossi, funcionário público, apaixonado por filmes, que gosta de comentar sobre tudo o que assiste.
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